Quem curtiu ou curte animes já assistiu, leu ou ficou sabendo de um seriado que se apresenta como inteligente, cult e filosófico: Neon Genesis Evangelion. Toda a pompa: crianças pilotando máquinas maga-poderosas, conflitos psicológicos de todas as ordens, distúrbios, e uma história aparentemente tola - aliás, aparente não... basta você apertar um pouco que logo ela fica superficial, esses japoneses não sãoi melhores que os outros! - que gir a em torno de um adolescente (hã), que foi abandonado pelo pai (hã-hã), e se vê envolvido em uma ação militar para proteger o planeta do ataque de seres denominados anjos e vieram promover o apocalipse (humpf! mas fazendo um esforço dá pra se distrair, tem seqüências de luta bem legais, não é uma brastemp padrão exportação, mas da pra assistir, só não é o melhor, aliás passa bem longe disso!). A série se desenrola e a gente descobre que há uma conspiração do governo na intenção de criar um Deus humano. Tá você nunca viu isso antes?! Mas o que me fez pensar não foi ter assistido um episódio desse desenho, que assisti há mais de 5 ou 6 anos... mas estou um pouco preocupado porque a ficção científica, passando por Blade Runner, Mad Max, Matrix, Ghost in The Shell e histórias do mesmo naipe, até mesmo 1984, apresentam uma comunidade global manipulada pela técnica, pelos artefatos, nos mostram sem privacidade, nos mostram presos, com um detalhe: a aparente liberdade, segurança, a possibilidade de escolha. Não é assim, por exemplo com a internet? Há 10 (primeiro boom da rede no Brasil), 15 anos atrás, se pensava que a rede mundial era shangri-lá, anarquista, sem controle, sem repressão, sem fiscalização, um lugar onde haveria a possibilidade em se permancer anônimo. Hoje, manos de 20 anos depois percebo que a rede se transformou no oposto disso: é por meio dela que somos vigiados, seja pelo governo, pelas empresas que nos empregam, por quem quer que seja. Somos bombardeados com propagandas, vírus, que estão a um passo de nos infectar... imagino que quando surgirem os biotransmissores. Será que vão poder formatar até o nosso cérebro?
Já foi criado um novo deus: o Google, onipresente, oniciente, para onde converte toda a informação. Temos também os rebeldes, os cyberpunks; há uma batalha silenciosa que vez por outra acaba esbarrando em alguém.
Estamos na sociedade da informação e da comunicação... os cabos, as fibras ópticas, os backbones, os processadores, os satélites... há uma busca infinita em não estar só, em reduzir o mundo ao tamanho do quarto ou da sala, o tamanho do mundo intimida, intimida ainda mais o infinito do universo, navegamos numa nave tão pequena... de medo nós construímos nosso próprio infinito: a internet... zeros e uns que se somados se igualam às estrelas do céu... tem os até estrelas que morreram e continuam brilhando. Como? E o cache dos buscadores? Há sites que se extinguiram há mais de um ano, já vi um site no cache do google de 1998, uma notícia do Estado de São Paulo, uma matéria da Caros Amigos sobre umas conferências que o Lula realizou numa universidade francesa... Até onde isso vai chegar? Me pergunto se vamos chegar ao nível das histórias de science fiction que eu passei a infância, a adolescência e até hoje (com bem menos intensidade) curtindo. A tecnologia inspira essa dicotomia de demonização e sacralização. Ainda acho que o preocupante não é um computador tornar-se um organismo vivo e independente, mas os organismos vivos hodiernos, afinal o único lobo do homem é o próprio homem. O mundo está cada vez menor, e os problemas parecem insistir crescendo.
Já foi criado um novo deus: o Google, onipresente, oniciente, para onde converte toda a informação. Temos também os rebeldes, os cyberpunks; há uma batalha silenciosa que vez por outra acaba esbarrando em alguém.
Estamos na sociedade da informação e da comunicação... os cabos, as fibras ópticas, os backbones, os processadores, os satélites... há uma busca infinita em não estar só, em reduzir o mundo ao tamanho do quarto ou da sala, o tamanho do mundo intimida, intimida ainda mais o infinito do universo, navegamos numa nave tão pequena... de medo nós construímos nosso próprio infinito: a internet... zeros e uns que se somados se igualam às estrelas do céu... tem os até estrelas que morreram e continuam brilhando. Como? E o cache dos buscadores? Há sites que se extinguiram há mais de um ano, já vi um site no cache do google de 1998, uma notícia do Estado de São Paulo, uma matéria da Caros Amigos sobre umas conferências que o Lula realizou numa universidade francesa... Até onde isso vai chegar? Me pergunto se vamos chegar ao nível das histórias de science fiction que eu passei a infância, a adolescência e até hoje (com bem menos intensidade) curtindo. A tecnologia inspira essa dicotomia de demonização e sacralização. Ainda acho que o preocupante não é um computador tornar-se um organismo vivo e independente, mas os organismos vivos hodiernos, afinal o único lobo do homem é o próprio homem. O mundo está cada vez menor, e os problemas parecem insistir crescendo.
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