Correu o rio em meu rosto
Então, levai, Aqueronte,
Mais uma alma em vosso leito!
Afogai o corpo com vossa água
Apagai com água as feições
Calai a boca e silenciai a voz
Ensurdecei os meus ouvidos.
No fundo, na areia, fica a saudade
Nas margens um tímido adeus.
E que morra em vós toda a dúvida e toda a certeza
Quem o rio leva?
Já não me importa.
Eu já estava morto.
sexta-feira, dezembro 25, 2009
Elocubrado por Lucas às 3:49 PM
1 comentários:
Lucas dando passagem à poesia: eu gosto, e peço mais.
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