sexta-feira, dezembro 25, 2009

Correu o rio em meu rosto
Então, levai, Aqueronte,
Mais uma alma em vosso leito!
Afogai o corpo com vossa água
Apagai com água as feições
Calai a boca e silenciai a voz
Ensurdecei os meus ouvidos.

No fundo, na areia, fica a saudade
Nas margens um tímido adeus.
E que morra em vós toda a dúvida e toda a certeza
Quem o rio leva?
Já não me importa.
Eu já estava morto.

1 comentários:

Carla Vergara disse...

Lucas dando passagem à poesia: eu gosto, e peço mais.