Início do semestre na faculdade...

quarta-feira, setembro 03, 2008

Olá, meus caros leitores.... saudades.

Cá estou eu, postando ainda na ressaca dos pesadelos do (re)início das aulas... é... os vetaranos de qualquer universidade são iguais a visita e peixe: quando demoram para sair, incomodam! E neste caso específico, o incômodo é para o próprio aluno jurássico. Sair do fluxo é uma droga... é uma viagem interdimensional na academia.

O primeiro dia de aula (brrrrr) e suas surrealidades, a primeira semana... é como se o jurássico voltasse ao estágio de calouro, mas com um agravante, ou pior dois: o primeiro é, obviamente, o fato de não ser calouro, e a segunda, é se sentir um fantasma do passado enviado por engano para o presente. Você não conhece os calouros (aliás, nem sabe quem é quem!) e seus amigos jás estão formados ou em processo de formar e quase não aparecem no campus.

Além de mudanças estruturais que também assustam: as paredes estão reformadas (e você, por algum motivo não percebeu as obras sendo feitas), mobiliário novo, professores novos - e os seus professores, aqueles que você conhece e que te conhecem por nome, estão afastados para doutorado, pós-doutorado ou simplesmente de "licença prêmia" e ficam vários professores temporários - , são pequenos exemplos da mudança da fauna e a flora locais.

Logo no fatídico primeiro dia, enfrentei alguns dos mais comuns (ao menos para uma razoável fatia da população): acordei tarde, perdi o horário e o ônibus, acabei pegando um cheio... chegando na faculdade, não sabia qual era a minha sala e me vi procurando uma sala no prédio que eu deveria como a palma da mão. Quando finalmente eu achei minha sala (quase duas horas atrasado!!), me vi dentro de outro pesadelo do primeiro dia: as dinâmicas de início das aulas.... e o pior: era daquelas "daqui a sete anos eu me vejo em..."... pôôô!!!! E nada de acordar... nem portava um cianeto para acabar logo com tudo ou ao menos um dramin para dormir durante toda a aula... e o semestre estava apenas começando!

Na sala, eivdentemente, eu connhecia poucas pessoas, mas sem a mínima intimidade com uma viv'alma sequer...

Agora, já (ou ainda), lá pela 4ª semana de aula, com a poeira começando a baixar, começou uma segunda luta: a conquista de orientador para o TCC (etapa fundamental na alforria e na libertação do espírito!!!).

Passadas estas provas de fogo, começa a segunda leva de chateações: aquelas famigeradas perguntas: "você forma quando mesmo?", "você........... por aqui............. ainda........?", "achei que você já estivesse formado....", "não forma mais não, é?", "desistiu de estudar?". E a regra das boas condutas e as leis infelizmente não te deixam acabar com isso pela raíz, né? haha

As perguntas podem ser encaradas por alguns ângulos: no lado azul da força, eis que estão aqueles marjos que navegam no mesmo mar que você e são também veteranos-jurássicos e ficam felizes por encontrar uma cara conhecida naquele rio de pessoas desconhecidas e cada vez mais exóticas (e que te levam ao terceiro pesadelo que é se olhar como calouro e avaliar seu comportamento e o nível de ridículo que você atingia com determinados atos.... embora, eu deva admitir que as coisas avançaram no número de pessoas, na diversidade de atos e no aumento vertiginoso do ridículo que vive a geração pós-los hermanos...). No fundo, expressa um alívio e uma esperança de "não se formar sozinho".

No entanto, nem sempre a maioria das pessoas pertence ao lago azul da força. Há quem pergunte para alfinetar, mesmo. Uma alfinetada infantil, que deve sempre ser devolvida com cordialidade, cinismo e ironia... com uma pitada de agressividade... se alguém te oferece uma saia justa ou calça furada, não se acanhe, mas não deixe de retribuir imediatamente a saia justa... em geral a verdade é melhor resposta, afinal, a verdade dói! E nada de justificar, responda e ponto.

Há ainda a terceira possibilidade... mas em geral, o julgamento deve ser bem cuidadoso e não é uma regra: tem quem pergunte para humilhar, mesmo. Tipo aquela pessoa que tirou 10 em matemática, viu que outro tirou sete e vai lá perguntar a nota... enfim... ainda não me bati com este espécime, mas que los hay los hay! É mais ou menos o padrão de perguntar a algum desempregado "qual o seu próximo passo, tem algum em mente?". Tem gente sádica... reza braba, reza braba, "pé-de-pato, mangalô-trêis-vêis"

O legal é poder dar risada das coisas, porque se tudo passa (já diz Nelson ned), passará também a faculdade e fircarão algumas lembranças, algumas mascaradas pelo tempo, não tem jeito! Mas, "aforamente falando", entre mortos e feridos salvaram-se todos.

Estude que é bom. Chá de Gingko ajuda.

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