Ah, querida eurídice, ouve meu canto
Mesmo que me mate a saudade
Há de ficar na eternidade meu canto
Mesmo que por de trás de cada sonoro sorriso
permaneça um silencioso pranto.
Por ti hei de enfrentar os sete ciclos do inferno
Cruzar com o barqueiro o intransponível Aqueronte
Fazer cair por terra o uviante tricéfalo
E no impulso de amante vencer a tudo em honra do seu nome
Ah, minha eurídice, ouve o canto de minha lira
Que já semeou ouro no olimpo e fez chorar os deuses.
E não te destraia com a dança das fúrias
Quão grande seja a dor que ora me atravessa
Maior será meu amor e minha força
Ah, minha eurídice, então, secai vossas lágrimas
e não temei o Hades.
A Profecia é uma só.
De todas as bençãos dos deuses,
preferiste e escolheste tu a mim
Eu sou seu Orfeu e estou em suas mãos.
Seja seu coração o meu túmulo, seja minha alma o seu jardim.
quarta-feira, maio 05, 2010
Elocubrado por Lucas às 10:48 PM 2 comentários
Marcadores: Poesias recicladas