Pensamentos aleatórios de final de ano escritos no caminho da aula
sábado, dezembro 14, 2019
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sábado, novembro 16, 2019
Elocubrado por Lucas às 9:35 AM 0 comentários
cartas para alguém do presente
sábado, novembro 09, 2019
Ninguém mais escreve cartas. E-mails são raros e geralmente automáticos. Gosto de escrever cartas.
Essa é para você. O bom é que sem citar nomes, escrevo para você e pra mim. Mas você sabe que é para você. Não é uma indireta: é direta mesmo.
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Carta para alguém do passado
segunda-feira, outubro 14, 2019
Curioso como as marcas do tempo se apagam. Um ano, dois, dez.... e se apagam em tudo: os lugares que costumávamos frequentar, as ruas onde moramos, as pessoas... de 2009 até hoje muita coisa aconteceu e se transformou. Eu amei você, eu fui amado por você e construímos uma vida juntos. Enfrentamos desafios juntos. Construímos uma casa do zero, depois reconstruímos essa casa e depois construímos outra. E hoje, tudo aquilo que vivemos parece ter sido um sonho (em alguns momentos pesadelo): são lembranças cada vez remotas. Pessoas morreram, outras nasceram, mudamos de casa, de bairro, até de cidade. Outras pessoas passaram pelas nossa vidas e habitaram os nossos corações. Aquele futuro que era um, virou outro, virou outros e se dilui com o passar dos dias.
Me choca saber que o lugar onde nos conhecemos não existe mais! Que onde tomávamos café da manhã não existe mais e nem volta aquele sábado de primavera em que fomos à praia do Leme. O tempo e a vida passam como um rolo compressor destruindo as coisas e quem fomos perde qualquer importância e os momentos, cada vez mais vagos, se descolam da realidade.
Outro dia desses passei pela nossa antiga casa e meu corpo reagiu, quase entrei no prédio porque fiquei no automático.
Nunca mais joguei videogame.
Nem jogos de tabuleiro.
O nosso mundo era bem seguro, sabia?
Depois da ruína, precisei achar um caminho para me reinventar. Só para descobrir que preciso fazer isso a cada dia. E a cada dia ainda dói um pouco. Não tenho raiva e nem arrependimento (nem do que começamos, nem do que vivemos, nem do que construímos e nem do que concluímos). Nem tenho aspirações de retomar aquela vida pregressa, nem com você e nem com mais ninguém. Passou, rasgou, feriu, marcou. A cidade é outra. Mas as marcas que eu trago nem o tempo apaga. Por um tempo quis que o mar levasse, aí o mar quase me leva junto.... porque essas marcas me fazem quem eu sou e delas não posso fugir.
Construí uma casa nova e tenho uma nova vida; ainda que assombrada por velhos fantasmas, ainda que habitada por velhos medos e alvo de forças que insistem em me paralisar.
Um dia ainda vamos nos encontrar, beber aquela garrafa (ou muitas) de vinho, vamos rir, chorar e lembrar. Dessa vez, sem mágoa, sem ressentimentos. Só com alegria e gratidão. Fizemos o impossível por inúmeras vezes. Aprendi com você a fazer do impossível algo tangível. E com você aprendi que nem mesmo fazendo o impossível se consegue impedir o fluxo da vida.
Talvez esse vinho estivesse em nosso futuro, mesmo aquele que foi dissipado (e que me deu aquela saudade).
Essa carta é para você e só você decifrará o que está escrito.
Amor nunca acaba. Mesmo quando acaba.
Tenho sonhado com você desde que passei pela nossa antiga casa. Isso é bom. Ja consigo pensar e falar em nós dois sem que isso me machuque.
A data de hoje é simbólica. E dela não esqueci e nem vou. Ja entendi isso.
Nem sei se você vai ler, deixo aqui escondido, além de cifrado.
São minhas confissões do prelo.
Seja feliz.
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terça-feira, junho 25, 2019
Elocubrado por Lucas às 12:02 AM 2 comentários
segunda-feira, janeiro 07, 2019
Cara amiga Heleusa,
Injusto é o mundo que não se cala diante da tua partida.
E teima, insiste, em viver como se você ainda aqui estivesse.
Justo é o mundo que amanheceu ensolarado e quente só para me dizer que você se foi, levou um pedaço meu e da minha história, mas, me legou a sabedoria e a clareza de que a vida - essa coisa teimosa, insistente, linda - brilha e pulsa não importa o que aconteça.
Com você aprendi que nosso destino depois de escalar as mais altas montanhas, não é o de rolar montanha abaixo, porque a vida não é um esforço sísifico sem fim; com você aprendi que depois de subir os mais altos montes, nos espera um (novo) horizonte. E novos caminhos.
A imagem do seu sorriso, o som escrachado de sua gargalhada, o brilho dos seus olhos e o poder da sua irreverência, assim como a força criadora da sua generosidade e o seu imenso carinho ficarão de lembrança e de herança.
Você transformou a minha vida, quando eu nem sabia que se diferenciava vida de sonho. Você misturou tudo. E misturar tudo é bom.
Vou honrar essa herança. E serei eternamente grato.
Descanse bem.
Escrevi para marcar e para lembrar.
É mais um história que tenho para contar.
Agradeço pela noção de liberdade - e de liberdade como ponto de partida, como caminho e como ponto de chegada...
Sigo por aqui. Até breve.
06.01.2019
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Bacana
quinta-feira, novembro 01, 2018
Dois perdidos
Duas histórias
Dois lados
Vermelhos lábios
Verdes olhos
Castanho
Moreno
Algumas horas roubadas
Noites em claro
Visitas solenes
Entregas
Conversas
Olhares
Beijos que calam
uma boca que teima em falar
E se falta o ar
Sobra luar
Histórias
Risadas
Bobagens
Perfumes
Delícias
Um toque
Um carinho
Um eco
Resta mergulhar
Gostar
Gozar
Gastar
Caminhar
Sem medo
Sem culpa
Sem passado
Sem pergunta
Diferente
Distinto
Diletante
Errante
Gêmeo
Diverso
Sonoro
Infinitivo
Substantivo
Sonhos
Sorrisos
Concretos
Cruzados pelo acaso caminhos
Improbabilidades são possibilidades
porque desconhecidos
porque indefinidos
porque sem porquê
Sem antes
Amantes.
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Pensamentos aleatórios.
segunda-feira, março 05, 2018
Elocubrado por Lucas às 11:33 PM 0 comentários